Lucky Man

"But how many corners do I have to turn?
How many times do I have to learn?
All the love I have is in my mind

Well, I'm a lucky man
With fire in my hands

I hope you understand
I hope you understand"

Boate

Escuro
De diversas maneiras

Sufocante
Quanto a falta de horizonte

Relances
Depois dos estímulos
Longe do enteógeno
perto do

Atordoado
Com as imagens e luzes

Ainda é cedo
Mas dentro de mim
passaram-se eras
e um poema
igualmente singular

Certeza

Não sei se fecho os olhos
e me entrego ao sono
Ou se continuo assim
encarando sua face adormecida
que me fascina
e me faz sentir bem
me dá paz e a certeza
de que te amo tanto
que abdiquei dos meus sonhos.

Isso Não é Suicída, é Só Insônia

Mesmo que eu saiba
que a realidade me convém
É pensando longe disso (para variar)
que a angústia me consome

Experiências passadas
parecem reduzidas a nada
Se o velho sabe disso
por que o jovem tem que viver
exatamente a mesma coisa?

E quando penso demais
sem motivo, razão ou consequência que valha
até morrer e nascer de novo
parece uma opção válida

Ponto Final é Coisa Rara

Assim que funciono
com uma baita exclamação no início
seguida de reticências
que acabam se prolongando demais
e me deixando encabulado
Ponto final é coisa rara.

Os Álbuns que Mudaram Minha Vida

ESSA é uma lista difícil. Comecei a me interessar por música desde pequeno, mas só a partir de uns 9 anos que eu comecei a buscar artistas, ouvir seus cds inteiros e etc. Minha primeira banda preferida foi Skank (no embalo de "Samba Poconé" e "Siderado"), depois veio Oasis e Nirvana. Mas mal sabia eu que a música só iria realmente fazer sentido pra mim a partir de uns 15 anos. Aí sim eu comecei a fuçar e tentar ouvir de tudo. Hoje em dia, música deve ocupar uns 40% da minha vida. Tocando violão, baixando novos artistas, lendo biografias, assistindo filmes, shows, lendo letras...
Como me disse uma vez um sábio velhinho: "Quem não gosta de música não presta".


10.Transa – Caetano Veloso




Começando com um clássico da música “brasileira”. Brasileira entre aspas porque esse disco foi gravado por Caetano em 1972, durante seu exílio em Londres e contém algumas músicas em inglês. Mas não me levem a mal, a nacionalidade do artista contida no disco é inegável: Caetano nos leva de Portobello Road à Bahia. Eu enjoei de tanto ouvir “ You Don't Know Me”, sério. "Nine Out of Ten" é uma das músicas que eu mais gosto de ouvir, e “Mora na Filosofia” umas das que mais me doem. Saca o contraste? E mesmo assim o álbum todo é coeso e segue uma sonoridade muito gostosa e original, reforçado por uma excelente banda. A importância desse disco pra mim é que ele abriu portas pra eu ouvir outras pérolas como Novos Baianos, Gilberto Gil, Jorge Ben, entre outros.


9. Unknown Pleasures – Joy Division




Joy Division é triste, denso, tenso, mórbido, elétrico e MUITO bom. Conheci a banda através de um cover do The Killers (Shadowplay), e após assistir o filme “Control” inúmeras vezes e até ser citado no blog do Zeca Camargo por isso, posso dizer que é uma das bandas que mais me tocou. A dor do jovem suicída Ian Curtis é nítida, e isso é refletido em suas letras desesperadas. O baixista punheteiro Peter Hook, e os competentes guitarrista e baterista fecham o grupo de Manchester de forma perfeita. “Shes's Lost Control”, “Shadowplay” e “Wilderness“ são minhas faixas preferidas e deram o empurrão que eu precisava pra cair no fundo do poço durante o terceiro ano. =D Fora isso, a capa desse álbum é uma das melhores da história pra mim. E como diz na contracapa do LP: "Isto não é um conceito, é um enigma".



8. Discovery – Daft Punk

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Tá bom, o Kraftwerk revolucionou a música eletrônica láaaaa nos anos 70, mas vamos combinar que foi o Daft Punk que pegou essa tecnologia e transformou em música boa pra dançar. Esse disco marcou época e é um dos mais importantes da década, sem dúvida. Quem não lembra das pessoas azuis cantando enquanto seu planeta era invadido no clipe de "One More Time" (que passava direto na saudosa Fox Kids)? E de todos os outros episódios, que juntos, formam o filme Interstella 555? É praticamente impossível resistir às músicas criadas pela dupla francesa numa pista de dança. Já vi até a minha mãe dançando Digital Love enquanto eu estava ouvindo! Quase todas as músicas são sucessos certos em uma festa, com exceção das viajantes “Nightvision”, “Something About Us” e “Veridis Quo” que são melhores para ... viajar. Enfim, é isso aí. Se Joy Division me ensinou a ser triste, Daft Punk me ensinou a querer dançar.



7. Ventura - Los Hermanos





E aí está, um verdadeiro clássico da música nova brasileira! Esse disco é pra quem acha que só tem Cláudia Leitte e Nx Zero no cenário musical atual do Brasil. Tudo bem que Los Hermanos acabou... mas eu ouço esse cd frequentemente, como se tivesse que decorar as letras para um show deles que se aproxima. Dos hinos de Marcelo Camelo aos resmungos introspectivos de Rodrigo Amarante, Ventura marcou a banda para sempre na história da música brasileira. É até difícil escolher minhas faixas favoritas... porque o album como um todo é excelente. Só digo que “Último Romance” e “O Velho e o Moço” quase me fazem soluçar de tanto chorar ;_;


6. Velvet Underground – Velvet Underground & Nico



Velvet é sujo. Esse álbum me transporta diretamente para um submundo promíscuo de Nova Iorque. As letras abordam drogas, prostituição e sadomasoquismo. Depois de ouvir, dá vontade de botar uma jaqueta de couro, um óculos escuros e ir encontrar com seu traficante de heroína. Enfim, acho uma delícia ouvir Velvet Underground & Nico pra variar da alegria utópica de Beatles. É como se o Magical Mystery Tour fosse um lado de uma moeda escrito “Drogas” e esse disco fosse o outro. E eu adoro a voz da Nico! “Femme Fatale” é uma das minhas canções favoritas do grupo.


5. Os Mutantes - Os Mutantes



Esse é o primeiro álbum do trio, lançado em 68. Ele mostra que Os Mutantes chegaram e tudo vai mudar, HÁ! Eu pelo muito o saco dos Mutantes, mesmo. Cara, eles foram sem dúvida a maior banda de rock brasileiro. Eles inventavam até instrumentos e pedais, quer mais originalidade do que isso? A qualidade deles era reconhecida mundialmente... John Lennon e Kurt Cobain já os apontaram como influências. Sem falar da formação, que é tipo um “dream team”: Rita Lee, linda no começo de carreira com sua voz inconfundível, Arnaldo Baptista doidão e debochado e o excelente instrumentista e igualmente debochado Sérgio Dias. É isso. Eles eram jovens, doidões, inovadores e fodas. E me influenciaram pra cacete! “Panis et Circences” mexeu com minha cabeça.


4. The Doors – The Doors



Ah, esse disco é imortal! O primeiro do Doors, vindo diretamente do caos psicodélico de 67! Hoje em dia eu prefiro aquele Jim Morrison barbudo cantando blues de L.A. Woman, mas foi com o gostosão recém saído de Venice bech que eu comecei a ouvir The Doors. Esse album é sensacional. Você pode se animar embriagado com “Break On Trought”, “Light My Fire” e “Back Door Man” ou viajar com “The End”, “End of the Night” e “Crystal Ship”. Morrison nos delicia com sua poesia através de uma voz ora insana, ora sedutora e misteriosa. Sem falar nos teclados viajantes de Ray Manzarek (que fazia o baixo ao vivo também!) e a guitarra de Robby Krieger.



3.Pet Sounds – Beach Boys



Esse é um dos meus álbuns favoritos. Gosto de dizer que os Beach Boys ouviram Rubber Soul, piraram e fizeram esse. Aí os Beatles ouviram Pet Sounds, piraram e fizeram o Sgt. Peppers. Brian Wilson é um gênio, e esse álbum é perfeito, parece um presente vindo dos céus! Eu não sei explicar direito porque eu gosto tanto dele, só sei que ele sempre me provocou muitas e diversas sensações: alegria, tristeza, nostalgia... E os vocais lindos com corais angelicais? E os arranjos inovadores, usando diferentes instrumentos? Pet Sounds é o que há.


2. Franz Ferdinand – Franz Ferdinand



Você pode achar estranho esse álbum aqui, mas lembre-se que é uma lista dos que mudaram minha vida, não que mudaram a SUA vida, da sua vó ou do seu cachorro. Descobri Franz Ferdinand assistindo o clipe de Dark of The Matinee no TVZ, enquanto fazia exercícios de geometria. Faz tempo. Naquela época eu estava meio perdido, e aí descobri essa banda que me fez gostar de verdade de música, que satisfazia meu gosto! FODA! Esse disco também foi o responsável por me fazer procurar outros artistas parecidos, como Killers, Strokes, Arctic Monkeys... Mas agora vamos às musicas em si. É uma obra repleta de hits feitos para garotas dançarem. “Take me Out” dispensa comentários, “Auf Achse” é linda, “ Darts of Pleasure”, “Dark of the Matinee” e “Michael” animam qualquer festa. Minha favorita é “Come on Home”... fala sério, adoro aquele tecladinho weirdo. O show deles em 16 de Setembro de 2006 com certeza foi um dos pontos altos da minha vida até agora. Mal posso esperar pra vê-los de novo em Março! E eles são ABSURDOS ao vivo! Isso que eu chamo de presença de palco.

1. Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band - The Beatles



Esse sim. Esse eu posso dizer que mudou minha vida MESMO. Existe o Lucas antes de Sgt. Peppers e pós Sgt. Peppers. Não preciso nem dizer por que né? Os Beatles abriram minha mente pra um mooooonte de coisa. Me transformaram em diversos aspectos. A primeira vez que ouvi esse album, quando cheguei em "She's Leaving Home", entendi porque dizem que eles são a melhor banda de rock do mundo e tudo mais. Tem rock do bom na faixa de abertura, muuuuitos momentos viajantes em "Lucy in the Sky With Diamonds" (LSD em forma de música), "Within You Without You" e "Being for the Benefit of Mr. Kite". "Gettin Better", "Fixing a Hole" e "With a Little Help from My Friends" são total catchy tunes. E "When I'm Sixty Four" é a música mais FOFA da história e quem discorda disso merece uns bons socos pra tomar vergonha na cara. "A Day in the Life" é um épico sem igual, que mostra toda a genialidade de Paul McCartney e John Lennon. Não é o meu disco preferido dos Beatles, mas é o que me fez olhar para o mundo de um jeito diferente.


Calma, ainda não acabou. Aí vão as menções honrosas, os álbuns que doeram no meu pâncreas por não terem entrado na lista:

11. Bringing It All Back Home - Bob Dylan
12. Is This It - The Strokes
13. Ideologia - Cazuza
14. Whatever People Say I Am... - Arctic Monkeys
15. Funeral - Arcade Fire
16. Kings of Convenience - Riot On a Empty Street

A História do Bisão


Sempre quis contar de forma organizada, bem escrita e cômica a história por trás do nome do blog. Ok, talvez alguém inteligente algum dia faça isso, porque eu só vou relatar aqui o que me lembro. Quem quiser uma análise dos fatos por um outro ponto de vista, veja aqui

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Era uma vez um menino chamado Lucas Coimbra. No começo do segundo ano, ele começou a se aproximar e ficar amigo de um rapaz que tinha mais em comum com ele do que apenas o nome. Era Lucas Gevartoski. Os dois passaram então a trocar muitas idéias, discutir assuntos variados e fazer valer a pena o tempo em que ficavam confinados aprendendo coisas inúteis e perdendo as esperanças de um mundo melhor. Ou seja, o tempo em que estudavam no ensino médio, que como disse um amigo meu, é pior do que ter um estaca com espinhos entrando no seu ânus. Nessa época, levávamos lanches do Mc Donalds para comer na sala de aula e escrevíamos frases do Jim Morrison no quadro.



Certo dia, Coimbra surgiu com a idéia de fazer um blog com as fotos e vídeos feitos na aula pelo celular (viva a tecnologia). O nome do blog era Wisents, que significa Bisão (um dos mais nobres e sábios membros do Reino Animal) e ainda serve como trocadilho com “wise”. Esse mesmo nome também era usado como um fake no orkut, que usávamos para insultar pessoas em comunidades como “O Chorão compõem pra caralho!”. Aah, bons tempos de juventude...

Logo, nosso blog começou a tomar proporções muito grandes. Alguém nos dedurou para a coordenação e fomos severamente reprimidos. Quer dizer... fomos obrigados a retirar o blog do ar. Eu me divirto imaginando as freiras e coordenadoras do colégio lendo o que escrevíamos HAHAHAHA aposto que elas se mijaram de rir. Basicamente, tinham muitos textos, fotos e vídeos envolvendo alunos sendo zoados. Sem piedade. Os professores chegaram a ficar com medo de acabar aparecendo em algum vídeo. É como diz aquele velho e sábio ditado: "Quem não deve, não teme". Pode até se escrever uma boa tese sobre isso: "Como alunos munidos de câmeras e idéias podem botar seus colegas e professores contra a parede" :)

Outro capítulo dos incríveis Bisões é o musical. Também gastávamos nosso tempo ocioso escrevendo poesias e tentando musicá-las. Claro que sem sucesso. Hoje sabemos que o talento musical não é nosso forte, mas isso não o impede de acabar encontrando alguma composição de Wisents espalhada por algum site de letras... ou até alguma comunidade no Orkut com tópicos sobre nossa vida de rock stars fictícia.

Enfim, acho que é isso aí. Quem sabe no futuro você não se depare com mais alguma coisa que carregue a nossa marca?



Escrevi ouvindo o disco Ventura, do Los Hermanos

Top 5 Filmes 2009


Não gosto tanto de listas como Nick Hornby e todos os blogueiros de plantão, mas achei válida fazer uma pra entrar no ano de 2010 sem esquecer do blog. Com direito a novo layout e tudo! Então, esses foram os filmes que eu mais curti no cinema nesse ano que passou:

5 - Loki - Arnaldo Baptista




Excelente documentário que ilustra muito bem a trajetória de um dos maiores músicos do Brasil! Até quem nunca ouviu Mutantes se emociona. Uma verdadeira relíquia, com imagens antigas e depoimentos muito bem selecionados.

4 - Avatar




Odiando ou amando, não se pode negar que esse filme representa uma revolução. 3D usado de maneira inteligente, criando uma imersão nunca antes vista. E nem venha com o papo de "roteiro clichê", porque só o curriculo de James Cameron já o obriga a dar uma olhada no filme.

3 - The Hangover (Se Beber Não Case)

Fazia tempo que eu nunca me divertia tanto no cinema! Nas duas vezes em que assisti! Sério, finalmente uma comédia realmente engraçada. Não é nenhuma baboseira com Adam Sandler, nada apelativo e constrangedor. Todos os protagonistas são excelentes e carismáticos. Principalmente Alan, o gordinho. Esse cara é inesquecível.

"Dude, did you just eat a sofa pizza?"



"Yes."


2 - Bastardos Inglórios



É um filme de guerra. Do Tarantino. Não precisa dizer mais nada né? Atuações impecáveis com a sempre fantástica montagem do diretor. Muito sangue e muitos bons diálogos. Ou seja, FODA!

1 - 500 Days of Summer



"O amor tem ritmo pop!" hahahaha. Eu ouvi falar tanto desse filme. Mas tanto. Eu cansei de assistir o trailer. Até que o filme estreiou, e eu tava lá no cinema... e não achei lá grandes coisas. Acho que o hype atrapalhou. Até que eu revi o filme outro dia, e com calma pude perceber. Ele é muito bom! Não é só o queridinho indie do ano... tem muita coisa boa ali! Desde o roteiro à fotografia, edição... Marc Webb mostrou que entende de dor de cotovelo. Espero ansiosamente seu próximo filme( se bem que o último clipe do Weezer também já vale!).

e cara. O que é a Zooey Deschanel? Ela ganha esse primeiro lugar sozinha, sério. Se ela fizesse um filme sobre a alimentação dos Coalas, ela ganhava o primeiro lugar.

Menções Honrosas: O Fantástico Sr. Raposo, Gran Torino, Apenas o Fim, É Proibido Fumar, Star Trek e Up.